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Os piores gatilhos da rinite alérgica e como preveni-los

A Associação Brasileira de Otorrinolaringologia destaca que ácaros, mofo, pelos de animais, polén, fumaça e agentes químicos estão entre os principais desencadeadores

A rinite alérgica é considerada uma das alergias respiratórias mais frequentes na população, que afeta mais de 400 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Alergia (WAO, na sigla em inglês).


A enfermidade causa uma inflamação na mucosa que reveste a parte interna do nariz, provocando espirros constantes, olhos vermelhos, coriza, coceira no nariz e congestão nasais como principais sintomas.


Em alusão ao Dia Mundial da Alergia, instituído em 8 de julho pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) destaca os principais gatilhos que podem desencadear essa doença que, se não tratada, traz impactos negativos à qualidade de vida.


Principais desencadeantes para o paciente alérgico:

Ácaros e mofo

Invisíveis a olho nu, os ácaros são micro-organismos que se alimentam de restos de pele humana. São facilmente encontrados em colchões, travesseiros, tapetes, cortinas e roupas guardadas, por exemplo.  Já o mofo ou bolor costumam dominar ambientes úmidos que ficaram fechados por um longo período, como casas e apartamentos veraneio, ou ambientes sem incidência solar.


Pelos de animais 

Além de carregarem ácaros, os pelos de cães, gatos e outros animais domésticos contêm proteínas presentes na saliva, pele e até na urina, que podem desencadear reações alérgicas em pessoas sensíveis.


Pólen

Na primavera há aumento da concentração de pólen do ar, liberado das flores e das gramíneas e dispersado pelo vento, uma situação que acaba afetando as mucosas e vias aéreas de pessoas sensíveis. 


Tempo frio e seco

A mudança brusca de temperatura, por exemplo, do calor para o frio, promove em algumas pessoas um reflexo exacerbado de obstrução do nariz, espirros e/ou coriza, chamado de rinite vasomotora, sendo estes efeitos ainda mais intensos em quem apresenta também uma rinite alérgica descompensada. O tempo seco, associado ao frio, potencializa estes efeitos.


Fumaça

A fumaça dos carros, do cigarro ou das queimadas contém partículas irritantes, como alcatrão e outros produtos químicos, que prejudicam as vias respiratórias.


Poluição

A poluição do ar inclui componentes e gases tóxicos que danificam as células do sistema respiratório, tornando-o mais sensível a alérgenos.


Agentes químicos

Produtos de limpeza, como água sanitária, desinfetantes e detergentes, desodorantes de ambiente, tintas, inseticidas e outros produtos com cheiro forte também podem irritar o nariz e desencadear crises de rinite irritativa, mesmo em pessoas não alérgicas.


Prevenção

A principal medida preventiva para a rinite alérgica é evitar o contato com as substâncias e agentes alérgenos que desencadeiam a doença.


“A higienização dos espaços de convivência é essencial, de preferência utilizando pano úmido, para evitar que a poeira e pelos de animais no chão seja dispersada. Também é importante dar preferência para colchões e almofadas antialérgicas e o uso de capas antiácaro em colchões e travesseiros”, cita o coordenador do departamento de Alergia da ABORL-CCF, Olavo Mion.


Na primavera, quando há aumento da disseminação do polén pelo ar, manter as janelas fechadas, usar óculos de sol e não frequentar locais com alta concentração desse componente são as principais estratégias para reduzir o risco do quadro nas pessoas sensíveis.


“Os umidificadores podem ajudar melhorar a sensação de umidade do ar, em dias de tempo seco”, explicou o médico.


O especialista ainda alerta que somente se distanciar dos gatilhos de agentes desencadeantes da rinite alérgica pode não ser suficiente. Por isso, a consulta com médico otorrinolaringologista é necessária. Ele pode indicar cuidados como a lavagem nasal com uma solução salina e terapias medicamentosas.


“O médico é capaz de avaliar e indicar quais fármacos que controlem os sintomas, pois cada paciente possui particularidades e o tratamento deve ser individualizado”, finaliza Olavo.

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