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Último dia para ver a exposição de Clarice Lispector em Joinville


“A Casa que anda. Que mistérios tem Clarice?” traz interações e atividades criadas especialmente para o projeto, retratando temas como a casa, a natureza, o amor e os mistérios da vida emocional

 

Com sua personalidade enigmática e uma linguagem poética e inovadora, Clarice Lispector (1920-1977) é, merecidamente, cultuada em todo o mundo como um dos maiores nomes da nossa literatura. Inspirado por suas obras, o Caminhão de Histórias, um caminhão-baú de 15 metros, adaptado para receber mostras culturais interativas, apresenta a exposição “A Casa que anda. Que mistérios tem Clarice” baseada nos livros ‘A vida íntima de Laura’, ‘O mistério do coelho pensante’ e ‘A mulher que matou os peixes’. O projeto fica no Estacionamento do Museu de Arte de Joinville (SC) até o dia 17 de setembro de 2024, com entrada gratuita.

 

Com curadoria de Eucanaã Ferraz, poeta, consultor de literatura do Instituto Moreira Salles (IMS) e professor de literatura brasileira na Faculdade de Letras da UFRJ, e com direção artística e cenografia de Daniela Thomas, cineasta, diretora teatral, dramaturga e cenógrafa, e intervenções artísticas dos artistas plásticos Maria Klabin, Marcela Cantuária, Raul Mourão e Mariana Valente, “A Casa que anda” apresentará atividades e reflexões sobre o universo infantojuvenil da criação de Clarice de Lispector a partir de histórias que dialogam com seus jovens leitores, despertando curiosidades sobre sentimentos e emoções, que evocam inúmeras reflexões.

 

Sobre os livros infantojuvenis de Clarice Lispector

 

A exposição é inspirada em três livros infanto-juvenis de Clarice:

 

‘A vida íntima de Laura’: conta a história de Laura, a galinha que mais bota ovos em todo o galinheiro. Compondo uma personalidade cheia de nuances para sua personagem, Clarice diverte os pequenos sem subestimar sua inteligência.

 

O mistério do coelho pensante’: o sumiço de um simples coelhinho branco – quem diria! – inspira uma das

mais instigantes histórias infantojuvenis de Clarice Lispector. Nesse livro a escritora discorre sobre profundas questões existenciais, na dose certa para a apreciação dos pequenos leitores. Qual a diferença entre "natureza humana" e "natureza de coelho"? Como a gente sai do terreno da necessidade para o da vontade e da criatividade? É possível um pensamento que seja também um sentimento e uma sensação?

 

A mulher que matou os peixes’: aqui a sintonia com os leitores é obtida a partir do endereçamento direto, e o texto anuncia-se como uma confissão da narradora (“Essa mulher que matou os peixes infelizmente sou eu”) e um pedido de perdão à humanidade. Suspenses são encontrados a partir de pequenas tramas, em que perdão e culpa se sucedem.

 

A união das obras busca explorar temas como mistério - o sumiço do coelho, culpa - matou o peixe, autoestima - galinha Laura que se acha feia, o mistério da vida - o ovo - e da morte - o peixe.

 

SERVIÇO

 

Caminhão das Histórias em São Paulo

“A Casa que anda. Que mistérios tem Clarice?”

Estacionamento do Museu de Arte de Joinville (R. XV de Novembro, 1400 - América, Joinville - SC)

Datas e horário: de 15 a 17 de setembro, das 9h às 17h

*Entrada gratuita

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